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BREVE MEMORIAL AOS HERÓIS E HEROÍNAS VÍTIMAS DO COVID

No último ano e por todos os meses do atual, estivemos as voltas com notícias e mais notícias de pessoas que partiram, drasticamente, vítimas do Covid. Mães, pais, irmãos, amigos, amores, amantes, brothers, manos, parceiros, companheiros, colegas, famosos, influentes, conhecidos, estranhos... São tantas as vítimas, que já se torna impossível falar de todos neste pequeno espaço. O número dos que subitamente foram abraçados pela morte, no mundo, assusta a cada dia e justamente porque a morte ainda é um dos maiores mistérios da humanidade, mesmo sendo, conforme o ditado diz: “a única certeza que temos na vida”. Mesmo assim, é inevitável nos questionarmos o porquê de termos que nos despedir de alguém que amamos, ou mesmo temer o nosso próprio fim.


Há, no entanto, uma infinidade de possibilidades de lidarmos e refletirmos a morte. Podemos encarar a morte não apenas como um momento unicamente de dor, mas como parte inevitável da vida. Talvez, pensando e aprendendo sobre esse implacável acontecimento, possamos encará-lo de forma mais tranquila.


Parafraseando Sêneca, filosofo estoico de 4 a.C.: Nosso grande erro: É ver a morte como algo a nossa frente, como se ela fosse um acontecimento do futuro, algo a ser aguardado e temido. Não! Na verdade a morte está atrás de nós, pois cada dia, cada hora, minuto e segundo que vivemos se tornam passado e tudo o que está no passado, todos os momentos bons ou ruins, pertencem a morte!


Por isso, como disse Bertolt Brecht, dramaturgo e poeta do século XX: “Temam menos a morte e mais a vida insuficiente.” Precisamos viver corretamente a vida, precisamos extrair o melhor dela, dando o nosso melhor a cada dia. E assim, e somente assim, conforme Theodore Roosevelt, 26° Presidente Americano: A morte se tornará sempre e em todas as circunstâncias uma tragédia, pois, se alguém morrer e sua morte não for uma tragédia, então os seus dias vividos, a sua própria vida terá se tornado a maior de todas as tragédias.


Para finalizar com um pensamento para este memorial: A morte vem acompanhada de um ADEUS. Mas como disse Caio Fernando de Abreu, jornalista, dramaturgo e escritor brasileiro - o ADEUS é igual a A-DEUS. Ou seja, não é uma despedida, é entregar nas mãos de Deus aquilo que você não podemos mais cuidar.


Por Alex & Teozeta Freitas


Abaixo, e em virtude do espaço disponível, temos uma galeria com apenas alguns nomes de famosos, vítimas do Coronavírus. A escolha foi aleatória, não seguindo nenhum critério, mas que cada pessoa perceba na vida destes e de tantos outros guerreiros e guerreiras, detalhes, momentos, qualidades e ensinamentos que remetam aos nossos próprios entes queridos. Como exemplo: quando o ator David Prowse, que interpretou Darth Vader nos 3 primeiros filmes da Saga Star Wars, faleceu aos 85 anos, vítima de Covid, imediatamente me lembrei de meu pai. Assim como Darth Vader, durante toda a minha vida meu pai foi o lado sombrio dela, mas no fim de sua vida, quando o Alzheimer já havia atacado, ele me iluminou com uma ideia que me marca até hoje: Pessoas podem te derrubar, te trair, podem te tirar tudo... Mas elas não são inimigas, são apenas obstáculos a serem superados. O verdadeiro inimigo somente existirá se você deixar... Se você deixar que sua mente te convença de que eles estão certos, que de você deve ficar no chão, deve se deprimir pela traição ou lamentar o que perdeu. Se isso ocorrer, o seu inimigo será você!


Visite a galeria, espelhe sua perda neles e lembre-se:


Que o teu trabalho seja perfeito para que, mesmo depois da tua morte, ele permaneça. - Leonardo da Vinci




Paulo Gustavo


30/10/1978 – 04/05/2021

Paulo Gustavo Amaral Monteiro de Barros - O protagonista de "Minha mãe é uma peça", um êxito no teatro e adaptada ao cinema em 2013 é classificado pela Folha de São Paulo como “o maior fenómeno de público da história do cinema do país” que escreve ainda que o seu desaparecimento “marca o fim precoce e repentino de uma carreira estelar, com poucos paralelos na indústria do entretenimento” do Brasil.


Não importava o veículo, seja teatro, televisão ou cinema, a trajetória de Paulo Gustavo é um sucesso. E foi aos 26 anos, 2004, que esta carreira fenomenal ganhou visibilidade quando o ator participa do elenco da peça "Surto", na qual interpretou, pela primeira vez, a famosa personagem "Dona Hermínia", que se tornou num marco na carreira e foi inspirada na mãe do ator.


Dois anos depois, deu-se a estreia nos palcos de "Minha mãe é uma peça", um êxito no teatro e adaptada ao cinema em 2013. Os três filmes de "Minha mãe é uma peça" venderam, no total, mais de 26 milhões de bilhetes no cinema entre 2013 e 2020. A sequência "Minha mãe é uma peça 3" tornou-se o maior êxito de bilheteira da história do cinema brasileiro, ao arrecadar 143,9 milhões de reais (21,9 milhões de euros).


Foto (Reprodução do Instagram – Disponível em https://www.instagram.com/p/CIMTsmvJJFJ/?utm_source=ig_web_copy_link



Larry King


19/11/1933 – 23/01/2021

Lawrence Harvey Zeiger, mais conhecido como Larry King, foi um radialista e apresentador de televisão estadunidense. Desde 1985 apresentou o programa Larry King Live na emissora CNN. Uma das características mais marcantes de King era seu gosto por suspensórios.


Foto (Jornal Eletrônico Sábado)



Agnaldo Timóteo


16/10/1936 — 03/04/2021

Agnaldo Timóteo Pereira foi um cantor, compositor, escritor e político brasileiro. Passou toda a sua infância em sua terra natal, Caratinga. Desde pequeno se interessou por música e se apresentava nos circos que passavam pela cidade. Foi lá onde ele conheceu o cartunista Ziraldo, seu conterrâneo.


Iniciou sua carreira como intérprete de versões de sucessos internacionais. Teve grande popularidade nas décadas de 1960 e 1970, foi recordista de vendas de discos e foi agraciado com vários prêmios ao longo de sua carreira.


Foto (Reprodução Instagram)



João Acaiabe


14/05/1944 — 31/03/2021

João Batista Acaiabe foi um ator, locutor, contador de histórias e professor brasileiro. Conhecido por interpretar o Tio Barnabé no seriado Sítio do Pica-Pau Amarelo, de 2001 a 2006, e Chico no remake da telenovela Chiquititas, de 2013 a 2015.


Entre 1978 e 1983, participou do programa infantil Bambalalão da TV Cultura, onde contava histórias para as crianças da plateia. Em 1986, estrelou o curta-metragem O Dia em que Dorival Encarou a Guarda, dirigido por Jorge Furtado e José Pedro Goulart, que lhe rendeu o prêmio de melhor ator e o kikito no Festival de Gramado.


Foto (Globo/João Cotta)



Genival Lacerda


05/04/1931 — 07/01/2021

Genival Lacerda foi um cantor e compositor brasileiro de forró. Seus principais sucessos são, dentre outros, Severina Xique Xique, De quem é esse jegue? e Radinho de Pilha. Sua carreira começou na Região Nordeste e, ao longo dela, gravou 70 discos.


Em maio de 2020 o artista sofre um AVC, além disso também sofrendo de Alzheimer, esteve internado na UTI do Hospital Unimed unidade I, em Recife, desde o início de dezembro, por complicações da COVID-19. Morreu em 7 de janeiro de 2021, vítima da doença.


Foto (João Lacerda Divulgação Correio Braziliense)



Paulinho (Roupa Nova)


06/09/1952 — 14/12/2020

Paulo César dos Santos, mais conhecido como Paulinho, foi um cantor e percussionista brasileiro do grupo de soft/pop rock Roupa Nova.


No início da década de 1970, era vocalista e percussionista de uma banda de bailes carioca chamada Los Panchos Villa, ao lado de Kiko e de Feghali. Nessa época, já frequentava as apresentações da banda Os Famks, que tinha grande influência na noite carioca. Em 1974, recebeu o convite para cantar e tocar nessa segunda banda. Logo após entrar, convidou Kiko para substituir o guitarrista.


Com uma voz potente e marcante, Paulinho cantava como vocalista principal em diversas músicas do grupo Roupa Nova, incluindo hits marcantes como "Canção de Verão", Clarear, "Sensual" (na versão original de 1983), "Volta pra Mim", "Whisky a Go-Go", "Linda Demais", "Meu Universo É Você", "Vício", "De volta pro futuro", "Chama", "Asas do Prazer", "Os Corações não São iguais", "Maria Maria" e "Felicidade".


Foto (Reprodução Instagram)



Nicette Bruno


07/01/1933 — 20/12/2020

Nicete Xavier Miessa foi uma atriz brasileira. Nicette realizou sua estreia profissional em 1945, na peça teatral Romeu e Julieta, baseada na obra literária homônima de William Shakespeare.


Filha da atriz Eleonor Bruno, Nicette foi casada com o ator Paulo Goulart, com quem ela teve três filhos, os atores Beth Goulart, Bárbara Bruno e Paulo Goulart Filho. Seus trabalhos na televisão incluem Rosa dos Ventos (1973), Éramos Seis (1977), Selva de Pedra (1986), Bebê a Bordo (1988), Rainha da Sucata (1990), Mulheres de Areia (1993), A Próxima Vítima (1995), Sítio do Pica-pau Amarelo (2001–04), Alma Gêmea (2005), Sete Pecados (2007), A Vida da Gente (2011), e outras obras televisivas, sendo pioneira da televisão brasileira e uma das referências na história da teledramaturgia do país.


Foto (Reprodução Jovem Pan)



Ubirany


16/05/1940 — 11/12/2020

Ubirany Félix Do Nascimento foi um compositor, cantor e instrumentista brasileiro, notabilizado por ter sido um dos fundadores do bloco carnavalesco Cacique de Ramos e do grupo de samba Fundo de Quintal.


Foi o responsável por introduzir o repique de mão no mundo do samba, instrumento que ficou identificado ao Fundo de Quintal, conjunto musical que ajudou a fundar na década de 1970.


Foto (Reprodução Instagram)



Daniel Azulay


30/05/1947 — 27/05/2020

Daniel Azulay foi um artista plástico, escritor, educador com vasta e diversificada atuação na Imprensa e na TV como desenhista, compositor e autor de livros infanto-juvenis e videogames interativos. Aos 15 anos, publicou um desenho na sessão de palavras cruzadas do jornal O Globo, aos 18, estreou profissionalmente no Jornal dos Sports.


Em 1967, criou a tira Capitão Sol para o jornal O Sol. Em 1968, criou a tira Capitão Cipó, publicada no jornal Correio da Manhã e em 1975, lançou a Turma do Lambe-Lambe. Na Rio Gráfica Editora, colaborou com as revistas Querida e Garotas, com a personagem A Dona Filó, logo em seguida colaborou com as revista O Cruzeiro, Jóia e Manchete. Foi precursor, em 1976, apresentando durante dez anos seguidos, programas de TV educativos e inteligentes para o público infantil. Azulay influenciou de forma construtiva a geração dos anos 1980 que aprendeu com ele a desenhar, construir brinquedos com a sucata doméstica, e a importância da reciclagem e sustentabilidade em defesa do meio ambiente, antecedendo programas da TV por assinatura como Art Attack, Mister Maker e Click.


Foto (Reprodução Pipoca Moderna)



David Prowse


01/07/1935 – 28/11/2020

David Charles Prowse foi um fisiculturista, halterofilista e ator britânico. Ele é mais conhecido por interpretar Darth Vader fisicamente na trilogia original de Star Wars (com a voz do personagem sendo interpretada por James Earl Jones) e em 2015 estrelou um documentário sobre esse papel, intitulado I Am Your Father. Antes de seu papel como Vader, Prowse havia se estabelecido como uma figura proeminente na cultura britânica como o primeiro Green Cross Codeman, um personagem usado em publicidade de segurança rodoviária britânica voltada para crianças.


Foto (Reprodução Tupi FM)


Ana Paula Rubini


15/08/1990 – 04/10/2020


A influenciadora digital, Ana Paula Rubini, estava em tratamento de um câncer que ela teve conhecimento pela primeira vez em 2013. Enquanto estava em tratamento, contraiu Covid. Enquanto lutava corajosamente pela vida, compartilhava suas batalhas com seus mais de 133 mil seguidores no Instagram e mais de 400 mil no Tik-Tok.


Foto (Reprodução Instagram Portal do Holanda)

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